Nos próximos dias estará disponível o nono número da SALICUS, dedicado ao tempo litúrgico que iniciaremos no próximo domingo, o Advento, tempo de preparação para o Natal.
Advento é mistério, oração e espera.
Neste sentido, para uma preparação espiritual mais profunda do Natal do Senhor, a revista SALICUS propôs-se durante este ano 2020 musicar as antífonas para a Apresentação dos Dons para cada um dos domingos do Advento, contribuindo assim para um enriquecimento musical e espiritual das celebrações dominicais do Advento, dentro do espírito da liturgia.
Assim, no seu número 8, a revista SALICUS publicou as duas antífonas para a Apresentação dos Dons para o I e II Domingos do Advento: a primeira, “Para Vós, Senhor, elevo a minha alma”, composta por Paulo Bernardino, e a segunda, “Voltai-vos para nós, Senhor”, composta por Alfredo Teixeira. Para ambas as antífonas, os compositores prepararam os respetivos acompanhamentos de órgão e sugeriram ainda a inclusão de um instrumento solista.
Para este número 9, continuando esta temática de proposta para a Apresentação dos Dons, a revista SALICUS publica as duas antífonas para a Apresentação dos Dons, para o III e IV Domingos do Advento. A terceira antífona, “Abençoastes, Senhor, a vossa terra”, composta por Rui Paulo Teixeira. Uma versão A, para coro a uma voz e órgão, e uma versão B, para coro a quatro vozes mistas [SATB] e órgão, ou a capela ; ambas com uma pequena introdução para órgão e a versão A também com uma breve conclusão para órgão. A quarta antífona, “Ave Maria, cheia de graça”, também composta por Rui Paulo Teixeira. Uma versão A, para coro a uma voz e órgão, com uma introdução e uma conclusão, para órgão e uma versão B, para coro a quatro vozes mistas [SATB] e órgão, com uma introdução para órgão.
Neste número propomos ainda o “Aleluia” para o tempo do Advento, musicado por Hermenegildo Faria e harmonizado por Eurico Carrapatoso. Tradicionalmente, o “Aleluia”, como aclamação solene ao Evangelho, era uma das peças musicalmente mais construída. Nela tínhamos a intervenção de diversos elementos musicais, a utilização de várias retomas temáticas e ainda o desenvolvimento em belos melismas. Infelizmente, o “Aleluia” transformou-se num pequeno refrão a que se segue um simples recitativo mesmo passando a ser tratado não como uma peça do Próprio da Missa mas do Ordinário. O “Aleluia” proposto apresenta-se com uma melodia simples, mas sim melismática, tentando-se também desenvolver melodicamente o versículo de cada domingo do Advento dentro de um mesmo esquema melódico. Pretende-se assim reafirmar o lugar do “Aleluia” no Próprio de cada Missa do Advento, mas dando-lhe também alguns elementos comuns que facilitam uma execução pelos diversos coros paroquiais. Eles podem ser unicamente a uma voz usando-se a harmonização como acompanhamento orgânico. Podem ouvir uma interpretação de cada um deles no seguinte link:
Por fim, em sintonia com a pastoral arquidiocesana, a SALICUS propõe o hino “O Samaritano”, da autoria de Hermenegildo Faria e harmonizado por Eurico Carrapatoso. O plano pastoral da Arquidiocese de Braga até 2023 tem como tema “Uma Igreja Sinodal e Samaritana”. Ele “pretende educar para uma ‘cultura da caridade’ que vai muito para além de uma assistência ocasional numa situação de pobreza” e é marcado biblicamente pela parábola do Bom Samaritano. Podem ouvir uma interpretação do hino no seguinte link: https://youtu.be/LI5c0w7eyo0
No “Livro de Órgão” é tratado o cântico “Maria, Fonte de Esperança” do Padre Manuel Luís, a duas vozes, trabalhado por João Santos, enriquecido com a possibilidade de duas novas harmonizações, com o desenvolvimento de um acompanhamento com dois níveis de dificuldade, com um prelúdio e um poslúdio, conforme a possibilidade do organista. Para cada uma das versões, a fim de ajudar na execução e numa maior expressividade do cântico, o compositor propôs também uma sugestão de variação de registação do órgão.
Por fim, a revista apresenta, na “Sala de Ensaio”, apenas uma errata à reflexão proposta como “Preâmbulo”, de Paulo Bernardino, publicada no número anterior, indicando algumas notas que ficaram por publicar.
Como “artigo”, quisemos destacar desta vez a figura do “organista” na celebração litúrgica: as suas funções na assembleia litúrgica, o que deve conhecer da liturgia cristã e da arte organística, a sua relação com o diretor artístico e alguns problemas práticos a ter em conta, para que tudo na liturgia possa concorrer para um verdadeiro louvor a Deus e oração.
O Diretor
Juvenal Dinis
Ver notícia publicada no Jornal “Diário do Minho”, 27-11-2020