Edição 16-17 da SALICUS, disponível brevemente
Nos próximos dias será disponibilizada a edição dezasseis e dezassete da SALICUS, dedicada ao Tempo Comum. Nesta edição da Revista de Música Litúrgica – SALICUS, publicamos uma «Missa», com a introdução de guitarra(s), voz e órgão, um «Hino para o tempo de passagem» e prosseguimos com a publicação de mais três antífonas para a Apresentação dos dons, enriquecendo assim o reportório para este momento da celebração.
Ao Kyrie, Gloria, Sanctus e Agnus Dei, chamamos Missa; estes quatro cânticos pertencem ao II grau da parte cantada da Missa. O Kyrie canta-se sempre após o ato penitencial, é uma aclamação Cristológica ao Senhor misericordioso. Normalmente pode ser cantado por toda a assembleia, de forma alternada entre o povo e o coro ou um solista.
Quando o Kyrie é cantado como parte do ato penitencial, cada aclamação deverá ser sempre precedida de um «tropo».
O Gloria é um hino de louvor e, como tal, deveria ser cantado. Não é permitido substituir o seu texto por outro. O texto é o que vem no Missal Romano. Usamos o Glória nos domingos fora do Advento e da Quaresma, solenidades e festas e nas celebrações particularmente solenes.
O Sanctus deverá ser cantado por todos, por toda a assembleia congregada. Não é permitido substituir o seu texto por outro. O texto é o que vem no Missal Romano. Na hora de escolher a melodia do Santo a cantar na Missa, deverá privilegiar-se uma que toda a assembleia saiba cantar ou prepare-se no início, com um pequeno ensaio. Desta forma, a assembleia poderá cantá-lo. O Santo deverá ser entoado com entusiasmo, alegria e energia, com espírito de fé.
O Agnus Dei não é um texto presidencial, mas de toda a assembleia. Tem um carácter penitencial. A invocação é tríplice, mas pode repetir-se quantas vezes for necessário, até que termine a fração do pão. O texto é também o que vem no Missal Romano. Tanto quanto possível deve cantar-se enquanto se fraciona o pão.
Esta edição da SALICUS oferece uma «Missa», composta por Fernando Lapa, para coro a 1, 2 e 4 vozes, com a novidade da proposta para guitarra(s) e órgão. Missa composta pelo «Senhor, tende piedade de nós», «Santo» e «Cordeiro de Deus». O «Senhor, tende piedade de nós» com uma versão, para 1 voz com guitarra(s), uma segunda versão, para coro a 2 vozes com guitarras, e uma terceira versão, para coro a 4 vozes, com guitarra(s) e órgão. O «Santo» com uma versão, para 1 voz com guitarra e órgão, uma segunda versão, para 2 vozes com guitarra e órgão e uma terceira versão, para coro a 4 vozes, com guitarra(s) e órgão. E o «Cordeiro de Deus» também com uma versão, para 1 voz com guitarra(s), uma segunda versão, para coro a 2 vozes com guitarras e uma terceira versão, para coro a 4 vozes, com guitarra(s) e órgão. Esta «Missa» pretende ser uma abertura a outros instrumentos. Poderão deste modo beneficiar nomeadamente os jovens, que se dedicam também ao estudo da guitarra.
Este número 16-17 oferece um «Hino para um tempo de passagem», com música de Alfredo Teixeira e texto de Frei José Augusto Mourão OP, com uma versão A para coro a 4 vozes e violoncelo, para quem tem mais recursos; e uma versão B para coro a 1 voz e órgão, para quem tem menos recursos.
Ainda nesta edição, dando continuidade à temática das antífonas para a Apresentação dos dons, a revista SALICUS publica as antífonas para o VIII, IX e X domingo do Tempo Comum. Para o VIII domingo do Tempo Comum, publica a antífona: «Voltai, Senhor», composta por Nuno Miguel de Almeida, a partir do Sl. 6, 5, com duas versões: A e B.
De seguida, é publicada a antífona para o IX domingo do Tempo Comum: «Em Vós confiam», composta por Tiago J. S. Marques, a partir do Salmo 9, 11-13, também com duas versões: A e B.
Para o X domingo do Tempo Comum, revista publica: «Iluminai, Senhor, os meus olhos», composta por Alfredo Teixeira, a partir do Sl. 12, 4-5, com duas versões: A e B, e com a introdução de clarinete em Sib na versão A.
No «Livro de órgão» é trabalhado o «Santo», música de Ferreira dos Santos, harmonizada por João Santos, em duas versões: A e B. E o «Cordeiro de Deus», música de Manuel Luís, harmonizada por João Santos, em duas versões: A e B.
Como «artigo», na presente edição, publica-se «A Música Litúrgica depois do Vaticano II em Portugal», uma reflexão de Francisco Marques Ferreira, onde o autor conclui que: «no nosso contexto litúrgico, o esforço operado por tantos compositores teve e ainda hoje tem repercussões quer a nível puramente externo, isto é, enquanto a música observada e ouvida entra pela nossa vida e toca-nos pelas diversas reações, por vezes instintivas que desperta em nós, mas também a nível interno, quando uma obra faz despertar em nós o sentido de busca pelo infinito, de consolação espiritual e até orientar a pura intelectualidade de uma obra para um nível de transcendência, de aproximação ao mistério celebrado e vivido».
O Diretor
Juvenal Dinis
Ver notícia publicada no Jornal “Diário do Minho”, 19-03-2025