O oitavo número da SALICUS A abre com um editorial que trata o tema: “O coro litúrgico como experiência eclesial”, do Prof. João Manuel Duque, (Presidente do Centro regional da UCP, em Braga). Nesse artigo, o autor fala-nos da «multiplicidade de experiências, humanamente muito significativas» que comporta qualquer formação coral, seja mais profissional ou amadora. São muitos motivos e vontades que levam as pessoas a participar num grupo coral: seja pelo gosto de cantar, pelo encontro, mas tenhamos sempre presente a base de um coro: «um coro amador deve amar aquilo que faz, precisamente por não poder justificar a sua atividade com qualquer tipo de pagamento», refere o autor. Um grupo coral litúrgico, «a par da sua finalidade estritamente musical – cantar o melhor possível […] sintetiza-se como serviço à celebração litúrgica de uma comunidade concreta, através do canto», conclui.
Ao editorial, segue-se um artigo abordando “O Cântico do Ofertório ou Apresentação dos Dons”, da autoria de D. Cols, traduzido da revista Canto y música, Dossiers CPL 27. Este artigo serve também de formação introdutória aos cânticos apresentados neste número que se destinam precisamente a este momento da celebração.
Este oitavo número da SALICUS apresenta duas antífonas para a Apresentação dos Dons, para o I e II Domingos do Advento. A primeira, “Para Vós, Senhor, elevo a minha alma”, composta por Paulo Bernardino; a segunda, “Voltai-vos para nós, Senhor”, composta por Alfredo Teixeira. Em ambas as antífonas são propostos os respetivos acompanhamentos de órgão e sugeridos ainda a inclusão de um instrumento solista.
No “Livro de Órgão”, é tratado o cântico “Tomai e recebei” do Padre Henrique Faria, trabalhado por João Santos, enriquecido com a possibilidade duas novas harmonizações.
Por fim, é iniciada na “Sala de Ensaio” como “Preâmbulo”, uma reflexão de Paulo Bernardino indicando vários métodos úteis para os diretores ajudando-os, entre outras coisas, a melhor determinar as tessituras dos coralistas e a como proceder a um bom aquecimento vocal que deve sempre iniciar cada ensaio.
O Diretor
Juvenal Dinis
Ver notícia publicada no Jornal “Diário do Minho”, 27-06-2020